“Para
apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:
a)
Que o esplendor da manhã não se abre com faca
b)
O modo como as violetas preparam o dia para morrer
c)
Por que é que as borboletas de tarjas vermelhas têm devoção por túmulos
d)
Se o homem que toca de tarde sua existência num fagote, tem salvação
e)
Que um rio que flui entre dois jacintos carrega mais ternura que um rio que
flui entre dois lagartos
f)
Como pegar na voz de um peixe
g)
Qual o lado da noite que umedece primeiro.
etc
etc
etc
Desaprender
oito horas por dia ensina os princípios”.
Manoel de Barros.
a) Que o esplendor da manhã não se abre com faca
b) O modo como as violetas preparam o dia para morrer
c) Por que é que as borboletas de tarjas vermelhas têm devoção por túmulos
d) Se o homem que toca de tarde sua existência num fagote, tem salvação
e) Que um rio que flui entre dois jacintos carrega mais ternura que um rio que flui entre dois lagartos
f) Como pegar na voz de um peixe
g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.
etc
etc
etc
Desaprender oito horas por dia ensina os princípios”.
Manoel de Barros.
Chegado
o dia da exposição e o trabalho ainda em processo... Foi um dia cheio. Cheio de
ligações, repasses de tarefas, trabalho manual, trabalho técnico. Cheio de
cansaço, porém atualizado em coisas dinâmicas, já que a ordem do dia era
territorializar os sentidos gerados e apresentar o feito.
Um dia cheio de emoção; de alguns medinhos
básicos e excessos de razão sobre o que poderia ter tido mais vazão; cheio de experiência;
de esperança; de provações e aprendizados. Foi um dia lindo, para falar a verdade. O tempo oscilava em sol e chuva, azul e cinza, quente e frio, úmido e cheio. Nada mais ambíguo e
duplo do eu: era o dia da Carol e Erika!
No
final, quando tudo estava pronto, olhava sem acreditar se tudo estava pronto
de fato. Mas estava. E lindamente pronto, mesmo com os detalhezinhos imperfeitos
que o meu preciosismo cismava em salientar. Mas como o perfeito é algo que se
espera alcançar no futuro, senti minha vida estender em busca das coisas que não existem. Cresci um tanto e agradeço outro tanto o alargamento de vida que ganhei com a vinda deste
projeto.
Abrimos, eu e Aldren, as portas da galeria entre 19h00-19h04 e já tinha pessoas aguardando pelo
lado de fora. Transitava e averiguava as fotos e os vídeos junto com os visitantes, que eram, em sua maioria, pessoas desconhecidas. Pensei que a abertura seria uma "ação entre amigos" e na verdade consegui atrair pessoas pela proposta, pelo o que foi feito, efetivando o propósito único de apresentar o feito. E isso me fez muito feliz!
Respondia as perguntas que chegavam, ouvia comentários e partilhava existências - era o que eu fazia na função inicial de ciceronear. Com mais 30 minutos, chegou Alejandra, e em seguida, Marcondes. As 20h00 iniciamos o bate-papo. Foi o “chapéu” quem delimitou a roda de conversa entre participantes que estavam ora sentados ora em pé sobre aba do meu chapéu. Comecei apresentando as pessoas envolvidas e agradecendo as pessoas especiais como Adauto Loyola - funcionário da FUNCEB in memoriam.
Respondia as perguntas que chegavam, ouvia comentários e partilhava existências - era o que eu fazia na função inicial de ciceronear. Com mais 30 minutos, chegou Alejandra, e em seguida, Marcondes. As 20h00 iniciamos o bate-papo. Foi o “chapéu” quem delimitou a roda de conversa entre participantes que estavam ora sentados ora em pé sobre aba do meu chapéu. Comecei apresentando as pessoas envolvidas e agradecendo as pessoas especiais como Adauto Loyola - funcionário da FUNCEB in memoriam.
Alejandra
levantou uma provocação sobre o sujeito, o objeto performático e seu registro da obra e
daí desencadeou uma conversa que foi brecada pelo horário de fechamento da
galeria. Coisas importantes foram ditas como: a construção e o agenciamento da
cidade que vivemos; as políticas de gestão e a atenção diferenciada entre
bairros centrais e os bairros periféricos; a afinação da abordagem de ação
entre o propositor e aquele quem faz os registros; como compactar um sentido
efetivo frente a amplitude dos acontecimentos; sobre qual camada de pensamento estacionar com a descoberta;
como lidar com os desvios; como negociar com a narrativa do evento e com o
discurso temático; como estender o estado reflexivo para além do acontecimento
em si; como elaborar os resultados da experiência
sendo ético com o que transforma; quais são as palavras e as coisas que potencializam
a intenção; o que pode ser farejado com os dispositivos disparados pela
performance; quais são os instrumentos de medida do lugar da experiência e
etc
etc
etc.
Foi um exercício de desaprender por intervalos limitados de tempo para depois inventar outros princípios e formas de compreensão.
Aproveito este intervalo para agradecer os presentes, os ausentes de corpo, os contribuintes, os apoiadores, os financiadores, os contratados, os familiares, os amigos em presenças etéreas, os amigos de torcida, os amigos de fé, os camaradas, os colegas, os vizinhos, os amantes, os parceiros, os comparsas e todos aqueles que por algum motivo merecem meu agradecimento e não se sentem incluídos na lista. Muito obrigada e até a próxima!
etc
etc
etc.
Foi um exercício de desaprender por intervalos limitados de tempo para depois inventar outros princípios e formas de compreensão.
Aproveito este intervalo para agradecer os presentes, os ausentes de corpo, os contribuintes, os apoiadores, os financiadores, os contratados, os familiares, os amigos em presenças etéreas, os amigos de torcida, os amigos de fé, os camaradas, os colegas, os vizinhos, os amantes, os parceiros, os comparsas e todos aqueles que por algum motivo merecem meu agradecimento e não se sentem incluídos na lista. Muito obrigada e até a próxima!
...em breve...
ABERTURA DA EXPOSIÇÃO EM CACHOEIRA - 21 de janeiro de 2013, às 19h, Foyer do Auditório Leite Alves, Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB. Aberta para visitação de segunda à sexta-feira, de 8h00 às 22h00 e aos sábados de 8h00 às 12h00.
O Centro Cultural Vila Fátima, da Fundação Municipal de Cultura, em Belo Horizonte/MG, irá receber uma pequena mostra da "Exposição Insurgências Urbanas: performance na cidade"!
A abertura acontecerá no dia 10/10/2013, às 20h. A exposição segue por todo o mês de outubro e se encerra no dia 29 de novembro do mesmo ano, podendo ser visitada de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados das 9h às 13h.
Estarão expostas as performances "A Saúde é Osso!" e "Jardins da Babilônia".
O CCVF fica na Rua São Miguel Arcanjo, 215. Vila Fátima.
Telefone 031 3277-8193
E-mail ccvf.fmc@pbh.gov.br
Website http://www.bhfazcultura.pbh.gov.br/ccvf_...
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